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LIGA DOS CAMPEÕES – Barcelona vence por 3 a 1, mas Juve sai de cabeça erguida

LIGA DOS CAMPEÕES - Barcelona conquista sua quinta Liga dos Campeões por 3 a 1 e faz tripla, mas Juve sai de cabeça erguida - Após sofrer gol de Rakitic já nos 4º, Juve empatou no segundo tempo com Morata e quase dobrou, mas depois os grandes campeões espanhóis fazem a diferença primeiro com Suárez e depois com Neymar – Pirlo e Tevez rumo à despedida.

LIGA DOS CAMPEÕES – Barcelona vence por 3 a 1, mas Juve sai de cabeça erguida

Fim de um sonho. É o Barcelona que levanta a Liga dos Campeões sob o céu de Berlim, enquanto a Juve não tem outra opção senão atualizar a conta das finais perdidas. Com o de ontem, o número de vezes que a Senhora, tendo chegado ao último acto, se viu presente nas comemorações alheias passou para 6: um registo verdadeiramente nada invejável, que confirma que a Liga dos Campeões é uma competição quase maldita. Mas se é verdade que “ganhar é a única coisa que importa” (Boniperti dixit), também é verdade que, desta vez, não se podia esperar muito mais. Venceu o time mais forte, aquele que pode se dar ao luxo de colocar em campo atacantes como Messi, Suárez e Neymar: pessoas com 122 gols nesta temporada, mais do que toda a equipe da Juve marcou. Para vencer o Barça era preciso um jogo perfeito, cheio de experiência e sorte e os bianconeri careciam das duas coisas.

“No nosso melhor momento sofremos um gol como galinhas, contra certos campeões a ingenuidade não é permitida – explicou Massimiliano Allegri. – Posto isto, não posso censurar nada aos rapazes, a nossa temporada continua fantástica”. É verdade, mas há um gosto amargo na boca, tudo bem se houver. Na verdade, muitos esperavam que este pudesse ser o momento certo para acabar com o tabu da Liga dos Campeões, mas correu mal. Também culpado por alguns episódios, sobretudo o que aconteceu ao minuto 67: Pogba, com o resultado de 1-1, cai na área após contacto com Dani Alves. O árbitro Cakir deixa continuar e um minuto depois o Barcelona marca o 2-1 por Suárez (68'). Polêmicas à parte (o pênalti foi bom), foi o momento-chave da partida, aquele que direcionou a copa orelhuda para a Catalunha. Aliás, até então tinha sido um jogo substancialmente equilibrado, em que os blaugrana tinham começado muito fortes (Rakitic fez o 1-0 logo aos 4' e aos 13 minutos só um milagre de Buffon impediu Dani Alves de bisar) sem, no entanto, completamente o preto e branco. Depois que a ansiedade pelo desempenho diminuiu, eles se encontraram, tanto que chegaram ao empate no início do segundo tempo (toque de Morata após rejeição de Ter Stegen sobre Tevez). “Jogámos bem mas tivemos de gerir melhor alguns momentos – analisa Allegri. – Fomos pegos pelo pescoço na tentativa de assumir a liderança, mas contra certos campeões precisamos ter mais cuidado”.

A derrota dói mas o orgulho da Juventus não sai machucado, muito pelo contrário. “Há amargura, mas a equipe ainda merece elogios – comentou Marotta. – Até essas derrotas podem nos ensinar algo, começamos da sétima colocação, vencendo 4 campeonatos consecutivos e chegando até aqui. Agora estamos mirando a final em Milão 2016”. A longa corrida começa com o mercado, uma verdadeira encruzilhada para cada temporada. Tevez e Pirlo podem sair ("Espero que os dois fiquem, falaremos com eles imediatamente") e Pogba será mais uma vez "assediado" pelas grandes empresas estrangeiras. Idéias precisas e corajosas serão necessárias para garantir que Berlim não permaneça apenas uma lembrança amarga, mas um ponto de partida para objetivos futuros. O Barcelona não tem esses problemas: com o sucesso de ontem, são 5 títulos da Liga dos Campeões, 4 dos quais conquistados nos últimos 9 anos. Números incríveis, que tornam quase normal um triplo que na verdade é extraordinário. Destaque para Messi, Suárez e Neymar, mas também para Iniesta, Xavi (que saúda o Barcelona com o enésimo triunfo da sua extraordinária carreira), Piqué, Mascherano e Rakitic, sem esquecer Luis Enrique, treinador menos célebre que Guardiola mas capaz de obter o mesmo resultados, mas com números melhores. “Ganhámos merecidamente, não foi um jogo fácil – palavras do espanhol. – Aproveito para cumprimentar os torcedores da Roma, eles ficarão felizes com o nosso sucesso”.

Amargura sim, desânimo não. A Juventus fecha uma temporada potencialmente 10 com um belo 9, diante de quem achava impossível chegar a Berlim. A ferida será curada o mais rápido possível e tentaremos novamente no próximo ano. Com aquela pitada extra de experiência europeia que talvez nos permita dissipar a maldição das finais. 

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