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LIGA DOS CAMPEÕES – Juve conquista Manchester e esta noite a Roma recebe o Barcelona

LIGA DOS CAMPEÕES - Grande feito dos alvinegros que voltam contra o City e vencem por 2 a 1 com dois gols de Mandzukic e Morata - Pellegrini admite: "O gol do City foi irregular" - O desempenho orgulhoso da Juve também pode ajudá-los a se relançar no campeonato – E esta noite a Roma sem Totti receberá os campeões europeus do Barcelona do ex-Luis Enrique

LIGA DOS CAMPEÕES – Juve conquista Manchester e esta noite a Roma recebe o Barcelona

A Juve está de volta. Se é apenas por uma noite ou por tempo indeterminado ainda não se sabe, mas a vitória em Manchester é certamente um sinal forte e claro. Os bianconeri voltaram a subir no momento mais difícil, diante de um adversário de altíssimo nível e, ainda por cima, com uma vantagem (irregular) de gols. No entanto, veio à tona o orgulho invocado por Buffon e Allegri na véspera, não surpreendentemente entre os principais artífices do sucesso. 

O primeiro com uma série de defesas extraordinárias, conseguindo manter o quartel de pé mesmo nos momentos de maior tempestade, o segundo com escolhas muito bem escolhidas, tanto na formação inicial como na gestão das trocas. A noite deve ter dado conselhos ao treinador de Livorno, que depois de pensar muito no 3-5-2 decide apostar num 4-3-3 bem mais ofensivo. Dentro do Cuadrado desde 1 minuto no tridente com Mandzukic e Morata, Hernanes na sala de controlo, seguranças Pogba e Sturaro com licença para entrar, dois laterais "conservadores" como Lichtsteiner e Evra. 

O início foi chocante porque o City começou muito forte e quase abriu o placar aos 2 minutos: Buffon e Chiellini salvaram Sterling milagrosamente. Mas à medida que os minutos vão passando, a tempestade azul acalma-se e a Juventus gere-se bastante bem, mesmo que arrisque algo nas jogadas individuais dos seus adversários. A primeira parte não rendeu grandes oportunidades, salvo o golo anulado por Pogba, travado pelo auxiliar de linha por fora-de-jogo (activo) de Morata, e também a segunda parece continuar na mesma onda. 

Aos 58 minutos, porém, o banho frio: Kompany puxou Chiellini "obrigando-o", contra sua vontade, a desviar para trás de Buffon. Seja óbvio para todos, até para Pellegrini ("os seus pensamentos tiveram de ser anulados" na sala de imprensa), mas não para o árbitro Skomina, que assim certifica o 1-0 City. Allegri encontra-se assim numa encruzilhada: recorrer a Dybala e Alex Sandro (66 milhões em dois) ou confiar nos 11 vistos até agora, mesmo os mais desbotados? Ele opta pela segunda via e a partida prova que ele está certo. 

Aos 70 minutos Pogba escova para Mandzukic, o croata se estende como um campeão e deixa Hart atordoado. O empate em 1 a 1 dá mais ânimo aos alvinegros, até porque Gigi Buffon está no gol, inspirado como nunca. Primeiro os milagres de Sterling e Silva (com a equipa a menos de um golo), depois Yaya Touré, desta vez com os companheiros à frente. Sim, porque entre uma defesa e outra Allegri insere Dybala para a virada de Mandzukic e o argentino, aproveitando um rebote, chuta para o solo de Morata, esplêndido ao escorregar de pé esquerdo para o gol dos ingleses (81'). 

Pellegrini tenta de tudo ao inserir Aguero mas agora não há mais tempo: a Juventus conquista o Manchester e assume a liderança do grupo, ainda que em coabitação com o Sevilha (vitória por 3-0 ao Borussia Moenchengladbach). 

“Tenho que dar os parabéns aos meninos, não foi uma partida fácil – disse Allegri. – Estivemos bem, não ficamos ansiosos mesmo quando estávamos perdendo por um gol e assim marcamos. Esta vitória é uma grande injeção de confiança, vai permitir-nos trabalhar bem no campeonato também”. 

As grandes noites da Liga dos Campeões não param por aí. Na verdade, esta noite é a vez da Roma, que receberá no Olímpico o Barcelona de Luis Enrique, o ex que nunca amou (mas talvez se arrependeu) da partida. 

“É um time imenso, um dos melhores, senão o melhor, do mundo. Mas vamos jogar com ambição e humildade, tentando fazer o nosso melhor." Escusado será dizer que, no papel, os catalães são claros favoritos, mas os Giallorossi estão convencidos de que podem dar a sua opinião. 

“Eles jogam principalmente com a posse de bola, teremos que ser bons no recomeço mas sem desistir de jogar. Não queremos deixá-los em campo, será necessário um grande trabalho de equipa." Após a experiência (fracassada) em Frosinone, Garcia renunciou à dupla Totti-Dzeko, com o capitão no banco. Assim como contra a Juve, a vitória mais convincente até o momento, De Rossi verá De Rossi na defesa junto com Manolas, com Maicon e Digne completando a proteção de Szczesny. 

Pjanic está indisponível, o trio do meio-campo será formado por Florenzi, Keita e Nainggolan, na defesa do tridente Salah, Dzeko e Iago Falque. “Só tenho lembranças positivas da minha experiência em Roma – disse Luis Enrique na entrevista coletiva. – Foi um campeonato difícil, agora estou mais experiente e com mais alguns anos. No entanto, o que importa é o presente, queremos começar a Liga dos Campeões da melhor forma possível." 

No papel, seu time, primeiro com pontos na La Liga, é um verdadeiro exército. Messi, Suarez e Neymar, claro, mas também Iniesta, Busquets e Rakitic, a dupla central Mascherano-Piqué, o impulso nas alas de Jordi Alba (ausente no lugar de Dani Alves). Será uma noite para corações fortes, assim como a que acabou de terminar em Manchester. Quem sabe pode ser um bom presságio…

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