É o dia da Comissão Europeia. O novo presidente da Executiva Comunitária Jean Claude Juncker apresenta hoje a nova equipa que irá ocupar as rédeas do Bruxelas nos próximos anos. As nomeações são resultado de muitas negociações que aconteceram nas últimas semanas. A única vaga atribuída até agora é a do vice da Comissão, chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini. Provável a nomeação do socialista francês Pierre Moscovici para a economia, como esperava a Itália.
Na última semana, Juncker teve uma série de reuniões com os 27 candidatos propostos pelos Estados-membros para avaliar a sua idoneidade para o cargo e o seu espírito europeu e posteriormente entregou a lista dos futuros comissários ao Conselho da UE, que deu todas as indicações sobre Sexta-feira.
A Comissão proposta por Juncker é composta por 19 homens e 9 mulheres (a mesma proporção do executivo de José Manuel Barroso), na sua maioria conservadores. Conhecido o organigrama da Comissão para os próximos cinco anos, os candidatos terão de passar pelo escrutínio do Parlamento Europeu e por votação em bloco na sessão plenária de outubro, na Eurocâmara.
Treze dos 27 aspirantes a comissário vêm das fileiras do Partido Popular Europeu, 8 das fileiras socialistas, 5 da Aliança dos Democratas e Liberais Europeus e um da Aliança dos Conservadores e Reformistas Europeus, Jonathan Hill, até agora líder da grupo conservador na Câmara dos Lordes. A Comissão de Juncker contará ainda com quatro ex-primeiros-ministros: o finlandês Jyrki Katainen, o estoniano Andrus Ansip, o letão Valdis Dombrovskis e a eslovena Alenka Bratusek; e sobre uma vice-primeira-ministra, a polonesa Elzbieta Bienkowska.
Também estarão na próxima comissão os atuais eurodeputados, como a belga Marianne Thyssen, o cipriota Christos Stylianides e a polaca Corina Cretu.