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Brasil, um ano de Lula com mais luzes que sombras. Porém, pesam os tropeços na Amazônia e as ambigüidades em relação às guerras

O índice de aprovação do presidente atingiu o pico de 60% desde agosto. Retorno dos investimentos estrangeiros, sinais positivos do mercado de ações, mas tropeços na Amazônia e guerra na Ucrânia e no Oriente Médio fazem com que a confiança financeira vacile

Brasil, um ano de Lula com mais luzes que sombras. Porém, pesam os tropeços na Amazônia e as ambigüidades em relação às guerras

Eram 19.56h30 do dia 2022 de outubro de XNUMX quando Lula foi eleito presidente do Brasil pela terceira vez na sua longa e intensa parábola política. O ex-dirigente sindical, candidato pela primeira vez em 1989 e ex-presidente de 2003 a 2011, ele conseguiu isso há alguns dias um ano após a vitória eleitoral, embora tenha efetivamente tomado posse em 1º de janeiro de 2023, como é costume no Brasil. Qual é o orçamento para um presidente que ainda é muito querido das camadas menos ricas da população, mas que alguns consideram um pato manco, em parte devido aos seus 78 anos, em parte devido aos mais de 18 meses passados ​​na prisão pelo escândalo da Lava Jato, que prejudicou a sua saúde, em parte 'porque a sua maioria na O Parlamento é estreito e obriga-o semanalmente a comprometer-se, a alargar o campo, a nomeações manuais de Cencelli e a hipotéticas remodelações? 

O balanço da presidência Lula: mais luzes que sombras

Apesar de tudo isto, o equilíbrio parece ser objetivo mais luzes do que sombras. Enquanto isso, por enquanto Lula é aprovado pelos eleitores: aliás, em agosto ele alcançou o pico de 60% de aprovação do desempenho do governo, já que caiu para 54%, mas ainda indica maioria na opinião pública, ao contrário de seu antecessor Jair Bolsonaro, cuja popularidade já havia despencado nos primeiros meses de mandato. Depois, há os dados econômicos e financeiros: o produto interno bruto do Brasil crescerá este ano em torno de 3%, estimativa revisada significativamente para cima nos últimos meses graças a uma série de indicadores favoráveis, como a inflação contida em 5%, o retorno de investimentos estrangeiros e o cenário favorável do mercado de matérias-primas, no qual o Brasil costuma ser protagonista especialmente nos setores agroalimentar, energético e de mineração. 

Também o mercado de ações deu sinais positivos: até o momento em 2023 está crescendo, embora tenha desacelerado decididamente sua recuperação por alguns meses, iniciando uma fase de baixa que levou o índice Bovespa de São Paulo aos 112.500 pontos no último dia 30 de outubro, pouco acima dos 109.700 pontos com os quais havia fechado última sessão da presidência de Bolsonaro, no último dia 29 de dezembro. 

Os tropeços de Lula

A desaceleração se deve a alguns Os tropeços de Lula, que convenceu substancialmente os mercados e sobretudo reposicionou o Brasil no centro da comunidade internacional, mas nem sempre de forma convincente, como sobre o meio ambiente e a Amazônia, ou mesmo ambíguo, como em guerra na Ucrânia, para o qual o líder brasileiro atua como porta-voz de uma difícil missão de paz junto a outras potências como China e Índia. E também no conflito no oriente médio, Lula, entre os líderes do G-20, está definitivamente entre os menos dispostos a apoiar uma resposta muito dura como a que Israel está a implementar. 

Provavelmente são precisamente estas posições, que em alguns aspectos são antiocidentais e que fazem vista grossa ao novo eixo mundial representado pela ex-Brics e pela sua expansão estratégica aos países árabes com vista ao Irão, Cuba e Venezuela, tê-lo feito minar a confiança financeira impacto global num país que é a maior economia da América do Sul, alcançou uma estabilidade que, segundo o FMI, o levará a tornar-se a nona economia do mundo em termos de PIB absoluto no final do ano, à frente do Canadá e apenas atrás da Itália, mas que ainda depende da exportação das suas matérias-primas e, portanto, do questão internacional, não podendo contar com o tecido industrial que deveria ter um país com mais de 200 milhões de habitantes. 

Gestão de dívidas e investimentos para crescimento

Depois há também a questão da dívida: o governo Lula, através do rigoroso Ministro da Economia Fernando Haddad, havia prometido uma lei orçamentária de "déficit zero" em 2024. Recentemente, porém, o presidente deixou claro que reduzir os gastos públicos não é a prioridade, visto que a pobreza sob Bolsonaro voltou a níveis alarmantes (de acordo com a ONU, pelo menos 70 milhões de pessoas no Brasil não têm acesso garantido aos alimentos) , o que torna necessário investir nos cuidados de saúde e sobretudo confirmar, se não reforçar, os subsídios. Porém, o comentário da Folha de São Paulo foi duro, com a manchete sobre o déficit: “Lula está sabotando o país.”

Por outro lado, Lula lançou um maxi plano de investimento para crescimento até 2027, cujas prioridades são a educação, a saúde e a transição energética. Precisamente neste último caso, porém, a receita do presidente socialista não é inteiramente convincente, dado que não prevê um compromisso específico para a protegendo a Amazônia, cuja taxa de desmatamento diminuiu apenas ligeiramente sob a sua presidência (embora tenha aumentado em outras áreas florestais do país), e que também em biocombustíveis prevê aumento do percentual de óleos vegetais obrigatórios na mistura, mas estes são em grande parte representados pelo óleo de palma, um dos principais causadores do desmatamento. Além disso, Lula deu por enquanto o sinal verde para a Petrobras, a gigante petrolífera nacional, para extrair novamente na foz do rio Amazonas. Isto é o que acontece com o novo acordo verde que ele promove em fóruns internacionais.

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