O governo brasileiro vai construir 23 novas hidrelétricas na Amazônia. Do total, sete serão construídas no coração da região, em áreas intocadas de um dos biossistemas mais bem preservados do mundo. Depois de muito lutar contra a hidrelétrica de Belo Monte, os ambientalistas se declaram incrédulos.
Patrocinando metade do projeto, com um aporte de R$ 78 bilhões, estará o Programa de Aceleração do Crescimento do Estado. No total, os novos locais aumentarão a capacidade energética do Brasil em 38,5%. Se construídas, as duas principais barragens conteriam água capaz de inundar uma área do tamanho da cidade de São Paulo.
"Estamos a planear a construção com muito cuidado - procurou tranquilizar os ambientalistas o secretário do Desenvolvimento Energético Altino Ventura - com o intuito de minimizar o impacto ambiental". João Gilberto Lotufo, diretor da Agência Nacional de Águas (ANA), disse que o Brasil deveria parar de se desculpar e se concentrar na crescente fome de energia do país sul-americano.
Os ambientalistas, no entanto, respondem argumentando que Brasília deveria apoiar a produção de energia alternativa, como a energia solar. A notícia chega como um banho de gelo no entusiasmo das associações verdes que recentemente conseguiram bloquear a construção da polêmica barragem de Belo Monte.
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