comparatilhe

Bancos, taxas de juros e petróleo sempre no centro do dia nos mercados financeiros

Os resgates dos bancos em crise, o iminente aumento dos juros pelo Fed e as contínuas altas e baixas do petróleo dominam o cenário dos mercados financeiros – Fosum, dono do Club Med, dono da história amarela explode na China – Eni abre o Versalis dossier – Unicredit faz compras na Polónia – Telecom: 55% dos accionistas já agendados para a assembleia – Rcs cada vez mais baixo.

Bancos, taxas de juros e petróleo sempre no centro do dia nos mercados financeiros

“Quanto ao Fed, não podemos ver nenhum drama em torno da alta da próxima quarta-feira. Não há um canto do planeta onde o anúncio desse aumento já não tenha chegado há um ano e onde não tenha sido amplamente discutido e descontado nos preços. Mais do que uma corrida para vender, portanto, vemos provavelmente um grande bocejo global ou mesmo uma breve vantagem no caso de uma coletiva de imprensa particularmente tranquilizadora. É assim que Alessandro Fugnoli, da Kairós, vê. E as notícias, por enquanto, provam que ele está certo.

As bolsas norte-americanas fecharam a sessão em terreno positivo, ainda que travadas pela nova queda do petróleo bruto e pela valorização do dólar: Dow Jones +0,47%, S&P +0,23%, Nasdaq +0,44%. As ações de energia se recuperaram (índice do setor +0,62%), especialmente a Chevron, com alta de 2%, apesar do petróleo bruto ainda fraco. De fato, a queda do petróleo continuou pelo quinto dia consecutivo, empurrando o Brent para 39,73 dólares e o WTI para 36,76. O dado mais aguardado hoje diz respeito à evolução do consumo em novembro, incluindo o início da campanha de Natal. 

Guo Guanchang, 47, um dos mais importantes e carismáticos empresários chineses, explode na Ásia. Guo, o 17º homem mais rico do país, pode ter sido preso como parte da investigação que levou recentemente à prisão do presidente do Banco Agrícola da China e de outros gerentes de grandes instituições financeiras. As ações de sua empresa, a Fosun International (proprietária do Club Med e do Cirque du Soleil, entre outros) foram suspensas esta manhã na Bolsa de Valores de Hong Kong. As obrigações emitidas para financiar compras registaram uma quebra acentuada. 

As bolsas chinesas estão em baixa: Hong Kong -0,8% e Xangai -0,8%. A Bolsa de Valores de Tóquio começa a fechar em alta de 0,6%.

TROCAS NERVOSAS EUROPEIAS, SPREAD EM 98

Anuncia-se uma abertura mista das listas europeias: Londres -14 pb para 6.074, Paris -2 pb para 4.633. Aumento muito leve em Frankfurt: + 1 ponto em 10.600. Um dia lento para as bolsas europeias que não conseguiram a esperada recuperação após dois dias de queda. Na Piazza Affari, o índice FtseMib fechou com queda de 0,4%, as bolsas de Paris e Frankfurt praticamente inalteradas. Em baixa Londres e Madri, ambas com -0,6%. 

Já no mercado de títulos, o spread entre os BTPs de dez anos e os alemães subiu para 98 pontos. A taxa a 1,53 anos caiu para 1,55% (contra 12). A resposta do mercado à oferta do bot de 5,5 meses no leilão foi boa; 0,03 bilhões foram colocados em -0,30% (contra os -XNUMX% anteriores). 

ENI ABRE O DOSSIÊ SOBRE A VENDA DA VERSALIS 

Mesmo na Piazza Affari, o comércio se concentrou nos estoques de petróleo. A Saipem obteve um aumento de 1,53%. Tenaris +1%, após seis dias consecutivos de declínio. Da frente das grandes vêm novas notícias de cortes de investimentos: a ConocoPhillips, uma das principais operadoras de óleo de xisto, decidiu ontem reduzir as despesas de capital em mais 25%, após o corte de 20% em dezembro passado.

A Eni fechou inalterada após uma manhã de alta. Mario Miceli, secretário-geral da Filctem-Cgil, disse à Reuters que um conselho de administração da Eni é esperado para 17 de dezembro, o que poderia discutir o início das negociações para vender uma participação de 70% na Versalis. Estamos falando do fundo americano SK Capital Partners. As ações de commodities (Stoxx do setor +1,3%) recuperaram nas bolsas europeias, principalmente graças ao salto de 8% da Glencore. Realizações generalizadas para outras fontes de energia: Enel -1,29%, Enel Green Power -1,3% e A2A -0,38%.

BANCOS AINDA À VISTA. COMPRAS UNICRÉDITO NA POLÔNIA 

A recessão no setor bancário continua, sob o fogo de as consequências dos Bancos de Poupança. O índice setorial fechou em queda de 0,59%. Acordo caiu 0,84%. Unicrédito -1,16%. Em encontro com a imprensa estrangeira, o CEO Federico Ghizzoni disse que o grupo pode estudar a possibilidade de fazer aquisições na Polônia. De acordo com rumores recentes, a subsidiária polaca Banca Pekao, segundo maior banco do país, está interessada em adquirir o BPH, banco controlado pela General Electric cotado na Bolsa de Valores de Varsóvia com um valor de cerca de 2,5 mil milhões de zlots (pouco menos de 600 milhões de euros ). Ghizzoni também disse que espera fechar a venda dos ativos ucranianos no início do ano que vem: em agosto o banco iniciou negociações exclusivas por três meses com a ABH Holdings, parte do grupo russo Alfa.

A queda de algumas empresas populares continua: Bpm -1,31%, Banco Popolare -1,64%. Monte Paschi também deixa outros 0,64% no terreno. O banco deverá vender rapidamente cerca de mil milhões de euros em crédito malparado à Fortress, grupo especializado norte-americano que opera em Itália com o Italfondiario.

TELECOM, 55% DOS ACIONISTAS JÁ INSCREVERAM A ASSEMBLÉIA GERAL 

A Telecom Italia caiu fortemente (-1,9%) poucos dias após a reunião entre os fundos e a Vivendi. A empresa anunciou que, a partir de ontem, 15% do capital ordinário, equivalente a cerca de 55,46 mil milhões de acções, tinha direito a participar na assembleia realizada a 7,487 de Dezembro. Dados atualizados serão fornecidos hoje e na noite de segunda-feira. 

O julgamento da equipa do Barclays, liderada por Mathieu Robillard, sobre a empresa italiana é severo: é melhor ficar longe, segundo um relatório sobre as telecomunicações europeias (opinião positiva sobre o setor) da Telecom Italia. O mercado italiano de telefonia fixa apresenta perspectivas interessantes, sobretudo porque o gasto médio dos usuários é inferior ao da Europa, mas isso, aponta o relatório, se deve à baixa penetração do serviço, por sua vez motivada por uma agora crônica falta de investimento na rede telefônica. 

O Barclays, por outro lado, confirma seu Outperform na Orange, uma avaliação que se baseia principalmente em múltiplos abaixo da média da telefonia europeia. Mas as chances de criação de valor com a fusão dos dois grupos são mínimas, segundo a corretora. 

A Mediaset recupera (+1,6%) após as perdas dos dias anteriores. Segundo a imprensa especializada espanhola, a plataforma digital de pagamentos Movistar+ (da Telefonica) não pôde mais recorrer à concessionária Publiespana em 2016. Com efeito, tudo indica que a Telefonica pretende criar uma estrutura interna para a recolha de publicidade. 

PROMOVIDA FINMECCANICA, RECUPERAÇÃO DA VOLKSWAGEN CONTINUA

As ações industriais também sofreram. A Finmeccanica moveu-se pouco (+0,15%). A Kepler-Cheuvreux reiterou a recomendação de compra, elevando o preço-alvo de 16 euros para 14 euros. +0,15%. De acordo com a Bloomberg na primavera passada, a Boeing teria sondado o terreno para uma possível aquisição da Westland, mas teria sido rejeitada.

A FiatChrysler caiu ligeiramente (-0,16%). A evolução da Volkswagen manteve-se (+1,7%), face aos novos números muito mais reduzidos de veículos envolvidos em irregularidades por emissões de CO2.

As ações da Pininfarina baquearam na Piazza Affari (-9,44%) após a notícia de que a holding familiar (que controla a marca) controlava a marca, acabou em liquidação após a decisão dos acionistas de aprovar a dissolução antecipada. StM caiu 1%, Prysmian positivo (+1,2%) e Buzzi (+0,7%).

VENDAS NA ESPANHA DA RCS -4,3%

A nova quebra do RCS (-4,3%) é significativa. O grupo editorial está a acelerar o tempo para vender a filial espanhola Veo Television que tem duas licenças para o digital terrestre. Valor a rondar os 50 milhões de euros. 

Sinais positivos para as ações mais defensivas: Atlantia +1,1%, Terna +0,34%, Snam +0,08%. Luxo diminui: vendas na Moncler (-3,1%) e Yoox (-1,4%). Entre as mid caps, Dada (+3,8%) e Recordati (+2,2%) subiram.

Comente