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Bancos e Bolsa de Valores em busca de resgate, leilão de BTP, alarme na Grécia

Após a onda de ajustes de crédito que pesou nos balanços e derrubou as cotações das bolsas, os bancos buscam um relançamento na Piazza Affari esperando na onda americana impulsionada por Trump – Cuidado, porém, com o spread e o leilão de hoje de Btp – Entretanto para a Grécia é novamente alerta vermelho

Bancos e Bolsa de Valores em busca de resgate, leilão de BTP, alarme na Grécia

A economia está aquecida, as bolsas de valores estão tentando prever o momento e a extensão da reforma tributária prometida por Donald Trump. Para confirmar o clima em Washington, veio a inesperada renúncia do Fed de Daniel K. Tarullo, o homem que traduziu em regras os princípios de Dodd-Franck, a lei aprovada após a crise de 2008/09. Sob sua liderança, os bancos americanos aumentaram os índices de capital de 7 para 12 por cento, com aumentos de capital de 700 bilhões de dólares. Agora, para deleite do Goldman Sachs, as rédeas estão afrouxando.

A economia também está aquecida na Europa, mas as incertezas políticas estão alimentando a inquietação dos mercados. E assim, nas salas de operação, são desenvolvidas estratégias para aproveitar as possíveis turbulências. O momento certo para aproveitar a fragilidade dos OATs (os BTPs transalpinos), sugerem os traders, será entre o primeiro e o segundo turno das eleições, do final de abril a 8 de maio.

Por outro lado, há quem proponha vender Bunds alemães, aproveitando a queda de consenso de Angela Merkel, e comprar títulos poloneses em troca, aproveitando a melhora da economia. A não perder, claro está, o eterno jogo grego, cada vez mais perigoso. E depois há a Itália, atordoada com os novos golpes de nocaute vindos dos balanços dos bancos.

A SUBIDA DAS AÇÕES DE TÓQUIO. SUÍÇA: NÃO À REFORMA TRIBUTÁRIA

O míssil norte-coreano lançado no Pacífico ontem, enquanto Donald Trump e Shinzo Abe encerravam sua partida de golfe, não perturbou muito os mercados. De fato, as bolsas de valores asiáticas observaram com alívio que o presidente dos EUA não fez pedidos precisos sobre o iene ou outras medidas para enfraquecer as exportações de Tóquio. Daí a alta dos mercados asiáticos e do dólar, que subiu acima de 114 ienes.

Sydney fechou em alta de 0,7% graças ao impulso das empresas de commodities. O índice Nikkei de Tóquio subiu 0,5% na sessão final (ganhava 2,5% na sexta-feira). O crescimento do PIB do Japão na última parte de 2016 foi mais fraco do que o esperado. Seul +0,2%. A Bolsa de Valores de Hong Kong subiu 0,4%, Xangai +0,5%.

Os preços do petróleo mostraram pouco movimento, estáveis ​​em torno de 57,6 dólares registrados na sexta-feira: os membros da Opep já implementaram mais de 90% dos cortes de produção previstos pelo acordo de Viena para reiniciar os preços da matéria-prima. Um relatório descobriu esta manhã que houve apenas 174 novas descobertas de petróleo no ano passado.

A reforma tributária suíça foi rejeitada pelos eleitores. O novo regime, acusado de ser demasiado brando com as multinacionais, foi rejeitado com 59,1% de "não", uma percentagem muito superior ao esperado.

PIB DA UE E PREVISÕES: NOVO EXAME PARA A ITÁLIA

Os mercados aguardam a publicação dos ratings da Moody's sobre Itália e França, já agendada para a passada sexta-feira. Hoje a Itália volta ao centro das atenções. Esta manhã, Bruxelas publicará suas previsões econômicas de inverno, que não incluirão a correção prometida por Padoan até abril para retornar aos parâmetros.

No entanto, o documento da Comissão revelará que as medidas anunciadas pelo ministro Pier Carlo Padoan, se implementadas, podem consertar tudo. Mas o tempo esta se esgotando. Em 22 de fevereiro, a UE publicará o relatório exigido pelo artigo 126.3 do Tratado sobre a dívida italiana. Nesta data, o presidente Juncker e o chefe de assuntos econômicos, Pierre Moscovici, pedem à Itália que aprove pelo menos parte da manobra. Amanhã o Istat divulgará os dados do PIB do quarto trimestre.

8,5 BILHÕES DE BTP EM LEILÃO HOJE

Neste contexto, realiza-se esta manhã o leilão do Tesouro de títulos de médio prazo. Serão oferecidos entre 6,25 e 8,5 bilhões de euros em BTPs de três, sete e 30 anos em emissão e dois títulos off-the-run.

Na sexta-feira, o spread voltou a subir na final para 193, pouco menos de 200 pontos. O Btp 10 fechou em 2,25%. O rendimento do benchmark francês de 1,049 anos também voltou a crescer e está em torno de 0,985% em relação ao fechamento de ontem em XNUMX%.

A situação da dívida grega ainda é explosiva. A taxa de referência a 10 anos fechou na sexta-feira em 7,603% face ao fecho de ontem de 8,025%, com uma subida de preços de 2,094. O primeiro-ministro Alexis Tsipras alertou o FM e a UE para não "brincar com fogo".

JANET YELLEN AMANHÃ NO CONGRESSO

No exterior, aguardando as surpresas que o encontro entre Benjamin Netaniahu e Donald Trump reservará, os movimentos do Fed estão sendo observados com atenção.O vice de Janet Yellen, Stanley Fischer, alertou para os riscos de uma reviravolta nas regras dos mercados. Amanhã a própria Yellen entrará em campo para a primeira das duas audiências parlamentares. Será uma oportunidade para atualizar as previsões sobre a próxima alta de juros sobre a qual o banco central não pretende comentar antes de Trump revelar seu jogo. Os futuros de Fed Funds indicam em 13,3% a possibilidade de alta de juros já em março.

Uma semana cheia de dados para o mercado americano: inflação, consumo e tendências do mercado imobiliário são os itens mais esperados. Depois de muitas escaramuças remotas, na sexta-feira a equipe do presidente Trump, liderada pelo deputado Mike Pence e o ministro da Defesa Mattis, enfrentará a contraparte europeia, liderada por Angela Merkel, na cúpula de segurança de Munique.

JULGAMENTO DE RECURSO PARA BANCOS. DESTAQUE NAS CONTAS PRADA

As bolsas norte-americanas retomam das máximas alcançadas no fim de semana. Por outro lado, uma semana negativa para a Bolsa de Milão que sofreu com a queda dos bancos. O índice FtseMib encerrou a sessão de sexta-feira em queda de 0,4%, levando a uma perda semanal de -1,3%. Os desempenhos semanais do EuroStoxx50 e da Bolsa de Valores de Paris estão em equilíbrio, as marcas de Frankfurt +0,1%. 

Os holofotes ainda estão voltados para os bancos italianos após a decepcionante onda de relatórios trimestrais. A ação mais visada foi a Banca Popolare Emilia Romagna (-13,7%) em negociações com Pop Vicenza e Veneto Banca para adquirir os 40% detidos pelas duas instituições na Anima.

Banco Bpm (-12,9%) e Ubi (-7,9%) também estão sob pressão. Unicrédito se dá bem (-3,5%) na primeira semana do megaaumento de capital. Grandes expectativas nesta manhã para as contas da Prada. Após os resultados positivos de Ferragamo e Kering, o mercado aguarda um novo sinal positivo do mercado de luxo.

Nos EUA, a campanha trimestral está chegando ao fim. As contas Cisco Systems, Pepsico, Deere e Kraft-Heinz chegam esta semana. Na Europa destaque para Crédit Suisse e Nestlè. Sexta-feira será a vez do Allianz.

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