No dia 7 de abril, Franco Ferrarotti completa 95 anos. Há exatos 60 anos, o decano da sociologia italiana fazia o discurso de abertura da primeira cátedra da disciplina recém-criada em Roma. Ferrarotti, autor de inúmeros livros lidos em todo o mundo, é ainda professor emérito de Sociologia na Universidade "La Sapienza" e diretor da revista La Critica sociologica. Mas sua carreira como estudioso e como homem envolvido com o trabalho social é longa e cheia de mudanças. Em 1951, com Nicola Abbagnano, criou os Cadernos de Sociologia, que dirigiu até 1967. Foi um dos fundadores, em Genebra, do Conselho de Municípios Europeus, responsável pela divisão Facteurs sociaux da OCDE em Paris. Por muito tempo ao lado de Adriano Olivetti, ele foi eleito deputado independente no Parlamento italiano de 1958 a 1963. Nomeado Directeur d'études na Maison des Sciences de l'Homme em Paris em 1978, ele foi premiado com o Lifetime Achievement Award pelo National Academy dei Lincei em 2001 e o título de Cavaliere di Gran Croce al merito della Repubblica do presidente Ciampi em 2005. Ele lecionou em Chicago, Boston, Nova York, Toronto, Moscou, Varsóvia, Colônia, Tóquio e Jerusalém.
Gerações de estudantes se lembram das fascinantes palestras de Ferrarotti na universidade. Provocativas as suas intervenções nas várias questões políticas e sociais do país desde os anos sessenta até aos dias de hoje. A atividade de pesquisa e estudo de Ferrarotti está contida em uma enorme quantidade de escritos que ele ainda continua a publicar. Recentemente, a editora Marietti de Turim publicou a Opera omnia de Franco Ferrarotti composta por seis volumes de 5 mil páginas. O pai da sociologia na Itália deu inúmeras entrevistas ao FIRSTonline.
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