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Renda de cidadania: o lado negro dos centros de emprego

A renda básica aprovada pela recente manobra orçamentária se baseia em um mal-entendido não resolvido: é uma ferramenta para combater a pobreza ou é voltada apenas para desempregados ou para desempregados com vistas à procura de emprego? No entanto, a forma como funcionarão os centros de emprego e a exclusão das agências de emprego também permanece um mistério

Renda de cidadania: o lado negro dos centros de emprego

No contrato do governo, eles foram confiados a centros de emprego funções importantes. A sua tarefa era mobilizar os beneficiários dos rendimentos dos cidadãos com políticas activas e formativas que lhes permitissem apresentar, um a seguir ao outro, durante um período de dois anos, três ofertas de emprego, recusou o que o sujeito perderia o direito. “Esse caminho – de acordo com o contrato – prevê um investimento de 2 bilhões para a reorganização e reforço dos centros de emprego que funcionarão como catalisadores e reconversão laboral dos trabalhadores temporariamente desempregados. A planificação de um reforço geral de todos os centros de emprego do território nacional - prossegue o documento - visa: aumentar a presença, eficiência e qualidade dos serviços para emprego; identificar e definir padrões de desempenho adequados aos serviços a serem prestados; ajustar níveis educacionais do pessoal operacional".

A RENDA DE CIDADANIA É UMA SUBSIDIÁRIA PARA OS POBRES OU PARA OS DESEMPREGADOS?

Antes de prosseguir, o texto permite sublinhar a confusão que reina na maioria governista sobre os perfis e condições dos destinatários do serviço. renda de cidadania lançado com manobra é uma ferramenta que serve para combater a pobreza, primeiro assegurando um rendimento modulado em função dos encargos familiares, depois através de uma inserção orientada no mercado de trabalho? Ou é dispositivo que cumpre a função do Naspi e é voltado apenas para desempregados ou para aqueles que involuntariamente perderam o emprego? As palavras expressam conceitos distintos: o desempregado encontra-se numa condição diferente da do desempregado e como tal não pode ser identificado como o trabalhador que se encontra momentaneamente em estado de desemprego e que deve ser reinserido no mercado de trabalho.

CENTROS DE EMPREGO: RECURSOS REDUZIDOS A METADE, PROCEDIMENTOS NÃO EXISTEM

Seja como for, os demiurgos da operação serão os centros de emprego, as estruturas da mão pública chamadas a intermediar a demanda com a oferta de trabalho. De que forma e com que estratégias e procedimentos permanece um mistério. Mais agora que o Def reduziu pela metade o dote para apenas um miliardo (o que é bom porque reduz a quantidade de recursos candidatos para não resolver nada).

A EXCLUSÃO MISTERIOSA DAS AGÊNCIAS DE EMPREGO

Atribuir este novo papel apenas aos centros de emprego é mais uma demonstração da (sub)cultura estatista de um dos componentes da maioria (o M5S de facto). Não Sim entende por que as agências de emprego devem ser excluídas. Cerca de 80 agências de emprego operam na Itália, autorizadas pelo Ministério competente) e registradas no Registro apropriado mantido pela Anpal. As 47 agências aderentes a Assolavoro – lê nota apresentada durante audiência na Câmara – representam cerca de 85% do setor. Na Itália, eles empregam diretamente aprox. 10.500 funcionários, dos quais 75% são mulheres, 80% têm menos de 30 anos e 95% são universitários. Através da atividade de busca e seleção realizada pelas agências de emprego em um ano sobre 50 mil pessoas são contratados diretamente pelas empresas clientes.

Os trabalhadores temporários na Itália foram em média 439 mil em 2017 (média anual trimestralmente; 700mila pessoas que tiveram pelo menos uma oportunidade de trabalho temporário durante o ano) contra 2,7 milhões de trabalhadores contratados por tempo (dados do INPS). A incidência do trabalho temporário no nosso país ainda é inferior à média europeia, situando-se em torno de a 1.5%, contra 1,9% e é menor do que em outros países como a Alemanha, onde esse percentual é de 2,4%. Particularmente relevante é o constante aumento de trabalhadores efetivos, igual a mais de 37 mil em 2017.

Apesar de um potencial de profissionalismo e capacidade operacional visivelmente superior ao dos centros de emprego e de resultados apreciáveis ​​em termos de emprego, se não estivesse lá agências de administração devem fechar a loja, porque mesmo para eles não é fácil realizar políticas de realocação. Os julgamentos organizados pela Anpal sobrea verificação de reimplantação não foi bem-sucedida primeiramente porque trabalhadores desempregados preferiram concluir a intervenção do Naspi a entrar em um plano de políticas ativas.

A LIÇÃO DA GARANTIA DA JUVENTUDE

Mesmo o que, na opinião do escritor, merece ser considerado um dos programas de maior sucesso (ou, se preferir, menos malsucedidos) como o Garantia Jovem, está aí para provar a complexidade dos caminhos da política ativa. Desde que entrou em vigor (1º de maio de 2014), quase 1,4 milhão de jovens foram cadastrados, líquidos de todos os cancelamentos. Em comparação com os registados, os assumidos pelos serviços competentes são iguais a 77,7%. 80,6% dos encarregados são jovens com maior dificuldade de inserção no mercado de trabalho (perfil médio-alto e alto).

O número de utentes contratados pelos centros de emprego (Cpi) é bastante superior ao registado nas agências de emprego (Apl), 78,7% e 21,3%, respectivamente, mas nas Regiões Noroeste esta distribuição é invertida: 21,5% dos jovens atendidos pelos centros de emprego contra 78,5% pelas agências de emprego No que diz respeito à implementação, 55,6% dos jovens atendidos pelos serviços foi lançada uma intervenção política ativa. 58,7% das ações são representadas pelo estágio extracurricular. Seguem-se os incentivos ao emprego com 24,1%. A formação é o terceiro caminho mais comum (12,7%). Em comparação com aqueles que concluíram a intervenção política ativa, existem mais de 283 jovens empregados em 31 de julho de 2018, ou seja, 52,3%. A taxa de colocação profissional registada 1, 3, 6 meses após a conclusão da intervenção da Garantia Jovem passou de 43,3% (1 mês) para 52% (6 meses). A primeira entrada no mercado de trabalho no mês seguinte à conclusão do curso diz respeito a 43,6% dos jovens, percentagem que sobe para 59,1% se olharmos para um período de tempo mais alargado (até 6 meses). Até aqui o Informe nº 6 de 2018 do Ministério do Trabalho.

RENDA DE CIDADANIA: OS ASPECTOS SURREAIS

Ma pelo menos foi um compromisso sério e concreto, desprovido dos aspectos surreais que são hipotetizados para a renda do cidadão, como a obrigação de comprar produtos italianos e "moralmente" impecáveis. Mas, acima de tudo, a pena de prisão de seis anos para os chamados canalhas astutos assemelha-se a um grito manzoniano: uma sanção mais grave e pesada do que as previstas - só para dar alguns exemplos - para homicídio culposo (incluindo tráfico rodoviário), burla agravada, furto, roubo. Deus abençoe a Itália.

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