Moto Guzzi visa a gama de luxo. A fabricante de motocicletas de Lecco, que pertence à Piaggio, apresentará amanhã no Salão de Milão o novo modelo Guzzi California 1400, com qual a empresa pretende entrar no segmento mais luxuoso.
Nos últimos dois anos, em forte contraste com um setor em forte declínio, Moto Guzzi registou resultados fortemente crescentes. De facto, em 2011 a empresa registou 5.800 motos (+30% face a 2010), contra uma quebra no mercado europeu de 7,3%. Resultados que melhoram se considerarmos o ano em curso, em que a filial de Paiggio, durante todo o terceiro trimestre, já registou 5.400 viaturas (+13,7% face a igual período de 2011), apesar das vendas europeias do setor terem diminuído 12,6%.
A empresa-mãe beneficiou certamente com isso, que, graças à Moto Guzzi, conteve os estragos da crise europeia, fechando os primeiros nove meses do ano com um ligeiro decréscimo face a 2011, registando receitas de 1,1 mil milhões de euros (contra 1,2 bilhões) e lucros de 44,4 milhões (contra 47,1). Por outro lado, 42 milhões foram destinados pela casa-mãe a novos investimentos da Moto Guzzi, que assim tem conseguido renovar a gama e reconquistar os mercados americano e do norte da Europa.
Pela manhã, as ações da Piaggio perdiam 0,48% na Bolsa, a 1,873 euros por ação.
