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Hipotecas: melhor resultado em 4 anos, mas preços das casas caem

Com base no relatório Intesa Sanpaolo "Mortgage market monitor", os empréstimos às famílias para compra de casa mostram um novo aumento, enquanto as taxas de juros permanecem em mínimos históricos - mas os preços ainda estão caindo

A recuperação do mercado hipotecário continua. Graças às condições de crédito muito favoráveis, os empréstimos a particulares para aquisição de habitação registam uma nova subida, enquanto as taxas de juro se mantêm em mínimos históricos. Isso é relatado no "Monitor do mercado de hipotecas" do Intesa Sanpaolo.

Também no 2.º trimestre de 2016, o crédito a particulares registou um crescimento de 1,5% em termos homólogos, uma percentagem que não se verificava há quatro anos. Uma parte das operações continua determinada por renegociações de empréstimos existentes, mas a incidência destas operações sobre os desembolsos totais parece ter estabilizado.

No primeiro trimestre de 1, as novas contratações aumentaram 2016% em relação ao mesmo período de 45, enquanto as renegociações permaneceram iguais a aproximadamente 2015% dos desembolsos totais, percentual em linha com os três trimestres anteriores. Dinâmica possibilitada pela contínua redução do nível das taxas de juro do crédito à habitação.

Também no 2º trimestre de 2016, a quebra afetou tanto a taxa variável como a taxa fixa. Em particular, o nível muito baixo alcançado pela taxa fixa e o reduzido spread entre esta e a taxa variável – reduzido para metade face a dois anos antes – continuam a justificar o sucesso das hipotecas a taxa fixa e a relevância das renegociações dos empréstimos existentes.

A evolução registada no crédito para aquisição de habitação é também favorecida pela atitude positiva demonstrada pelos bancos no reforço da oferta de crédito. De acordo com o Inquérito ao Crédito Bancário, o 2º trimestre de 2016 caracterizou-se por uma forte flexibilização dos critérios de oferta aplicados na concessão de crédito à habitação.

“Foram sobretudo as baixas taxas de juro e a confiança do consumidor que estimularam o aumento dos pedidos – lê-se no relatório. Além disso, comparativamente com os restantes bancos da Zona Euro, a atitude dos bancos italianos confirma-se mais positiva e também do lado da procura a expansão registada em Itália continua a ser muito mais forte do que noutros países”.

A análise é também confirmada pelos dados relativos ao número de vendas de casas residenciais, com um aumento de 20,6% a/a, mas também pelo aumento das vendas de imóveis anexos (+17,3% a/a).

No que diz respeito aos preços, apesar do abrandamento da tendência de queda, com base no dossier, registou-se uma quebra de 1,2% y/y enquanto o valor do 4º trimestre de 2015 foi revisto significativamente em baixa (-1,7% y /y).

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