A espera acabou: Inter volta a campo para deixar para trás a amarga decepção da final perdida em Mônaco contra o PSG e abrir um novo capítulo em sua história. No banco, estreando no comando do time principal, estará Cristão Chivu. Uma escolha de coração e visão por parte da direção, que quis se concentrar em uma figura simbólica como o defensor da Tríplice Coroa de 2010, hoje convocada para recolher o legado de Simone Inzaghi em um momento particularmente delicado.
Monterrey – Inter (3 horas, Dazn)
Batismo oficial do ex-técnico do Parma acontecerá hoje à noite contra o Monterrey, uma das seleções mais temidas da América Central, comandada por Domenec Torrent, ex-assistente de Guardiola e agora técnico de um grupo experiente e internacional. Entre os mexicanos, destacam-se alguns rostos conhecidos do futebol europeu: Sergio Ramos, lenda do Real Madrid agora com 39 anos, e Lucas Ocampos, ex-jogador do Milan e do Sevilla, só para citar dois. Mas também não faltam talentos no meio-campo, com jogadores como Oliver Torres, Canales e Moreno.
Tudo os holofotes, no entanto, estarão voltados para Chivu. Após sua experiência à frente do Parma, que culminou em uma salvação suada, mas merecida, o técnico romeno aguarda agora o teste mais fascinante e complexo: devolver a solidez e a ambição a uma equipe que se perdeu no momento mais bonito. Os primeiros sinais, nos poucos treinos realizados nos EUA, revelam uma gestão já diferente da de seu antecessor. Frattesi e Carlos Augusto, por exemplo, eles parecem ter ganhado posições e podem ter um papel mais central no onze inicial.
Quem não estará na partida de abertura é Denzel Dumfries. O ponta holandês, que retornou há poucos dias de seus compromissos com a seleção nacional, trabalhou separadamente no centro esportivo da UCLA, queixando-se de uma distensão no adutor. Seu estado não é preocupante, mas a equipe médica preferiu não correr riscos: Dumfries deixou o campo com um sorriso e um aceno tranquilizador, mas não participará do desafio contra os mexicanos. Em seu lugar, Chivu terá que escolher entre a confiabilidade de Matteo Darmian ou a aposta Luís Henrique, novo rosto chegou ao mercado.
O Monterrey, por sua vez, chega ao evento com grandes ambições e um histórico recente de altos e baixos. Após um ciclo de ouro que culminou com cinco títulos da Liga dos Campeões da Concacaf entre 2011 e 2021 e uma histórica Tríplice Coroa em 2020 (a segunda conquistada por um time mexicano, depois do Cruz Azul em 1969-70), o clube atravessa uma seca de quatro anos sem títulos que está se agravando. É por isso que o Mundial de Clubes representa a oportunidade perfeita para se relançar, aproveitando também o calor da multidão de torcedores esperada no estádio: entre os 90 mil que lotarão as arquibancadas, espera-se um contingente mexicano significativo. Para a Inter, a jornada começa contra uma equipe ambiciosa e testada. Mas, acima de tudo, começa uma nova aventura, com um técnico jovem e motivado no comando, e a esperança de transformar uma temporada marcada pela frustração em uma oportunidade de redenção internacional.
Monterrey – Inter, prováveis formações
Monterrey (4-3-3): Andrada; Medina, Chávez, Sergio Ramos, Arteaga; Deossa, Fimbres, Canales; Corona, Berterame, Ocampos
treinador: Torrente
Inter de Milão (3-5-2): Verão; Pavard, De Vrij, Bastoni; Luis Henrique, Sucic, Barella, Mkhitaryan, Dimarco; Lautaro, Thuram
Treinador: Chivu