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Movimento Enoturístico: um setor saudável e cada vez mais atrativo, mas com custos crescentes

Os resultados da primeira pesquisa sobre o Movimento do Enoturismo foram apresentados no Palazzo Giustiniani, sede da Presidência do Senado. 53% das empresas da amostra registaram um aumento do volume de negócios e, para 1 em cada 4 (24%), o crescimento foi mesmo de dois dígitos. O elemento-chave da estratégia de promoção são as mídias sociais: o Facebook continua sendo a mídia social mais popular (97%), juntamente com o Instagram (96%).

Movimento Enoturístico: um setor saudável e cada vez mais atrativo, mas com custos crescentes

Um setor saudável e cada vez mais atraente: é assim que o enoturismo italiano se apresenta, segundo o que emerge da primeira pesquisa sobre o Movimento Enoturístico apresentada no Palazzo Giustiniani, sede da Presidência do Senado. Nesta ocasião foi Foi também apresentado o Centro de Estudos de Enoturismo e Azeite CESEO da Universidade LUMSA, o novo observatório foi inaugurado nesta mesma ocasião. Dados importantes: 53% da amostra de empresas do Movimento registaram aumento do volume de negócios e, entre estas, 1 em cada 4 (24%), o crescimento foi mesmo de dois dígitos. Mas, juntamente com os dados de crescimento do setor, também são esperadas algumas questões críticas para o aumento constante de custos relatado por 81% das vinícolas: aumentos que corroem as margens de lucro e que em muitos casos são particularmente significativos (29% registaram um crescimento entre 5% e 10%, 16% relataram um aumento entre 10% e 25%, e uns significativos 8% declararam um aumento superior a 25%.). Um cenário particularmente crítico especialmente para pequenas empresas que representam grande parte da amostra (64% microempresas, 31% pequenas empresas). Vale lembrar também que apenas 9% das vinícolas ultrapassam 2 milhões de faturamento anual. “O estudo representa um retrato aprofundado da atividade das vinícolas do Movimento, uma realidade cada vez mais diversificada, dinâmica e com foco na sustentabilidade – explicou Violante Gardini Cinelli Colombini, presidente do Movimento Turismo del Vino – Envolvemos nossas empresas desde o início porque acreditamos fortemente no potencial do Centro de Estudos para conduzir pesquisas de alto rigor científico voltadas para a valorização das peculiaridades do setor e, ao mesmo tempo, para a análise sistemática de questões críticas e oportunidades. A investigação permitirá desenvolver cursos de formação para vinícolas turísticas, apoiar os presidentes regionais com dados atualizados e confiáveis ​​sobre o setor, incentivar os membros da MTV a melhorar sua oferta consolidando seu papel de liderança no enoturismo italiano.” Um elemento crucial da investigação dizia respeito à papel da profissionalização e das competências nas empresas: atualmente apenas 38% das vinícolas turísticas contam com pessoal com competências específicas em Wine Hospitality. Nos demais, muitas vezes é o proprietário quem recebe os visitantes (63%) ou, ocasionalmente, funcionários que lidam com vendas, comunicações ou outros funcionários da empresa se dirigem à recepção. Por outro lado, na maioria dos casos, como visto acima, os fluxos econômicos e o faturamento não permitem investimentos em pessoal qualificado.  

53% das empresas da amostra registaram aumento do volume de negócios e, entre estas, 1 em cada 4 (24%), o crescimento foi mesmo de dois dígitos.

Mas receber hóspedes no vinhedo e na adega é um formato muito mais complexo e, se o caminho para equipar as adegas com pessoal específico ainda está em estágio inicial, estamos bem avançados em aspectos igualmente cruciais. A hospitalidade é, de fato, o tema central de uma Associação como o Movimento Turismo del Vino que, há mais de trinta anos, vem reescrevendo a forma de fazer enoturismo, tornando a experiência na adega mais acessível e inclusiva. Uma direção demonstrada pelo nível cada vez mais elevado dos padrões de hospitalidade, tanto a nível estrutural, no que se refere à presença de parques de estacionamento, salas de degustação equipadas, zonas de estacionamento para autocaravanas e percursos acessíveis para pessoas com dificuldades motoras, como também ao nível das atividades complementares oferecidas, nomeadamente as realizadas ao ar livre. O estudo mostra, de fato, que a paisagem é um dos principais atrativos tanto para as iniciativas propostas (33% das vinícolas organizam piqueniques no vinhedo, 30% passeios no vinhedo), mas também em nível ambiental (43% das empresas são orgânicas, 38% respeitam os padrões da agricultura sustentável); Vale ressaltar que essas porcentagens são significativamente maiores do que aquelas de toda a Área Agrícola Italiana (SAU), onde o orgânico é de 19,8% (fonte: Fundação Metes). Vale destacar também que 26% das vinícolas entrevistadas disponibilizam postos de recarga para carros elétricos.    

O elemento-chave da estratégia de promoção são as mídias sociais: o Facebook continua sendo a mídia social mais popular (97%), juntamente com o Instagram (96%).

A pesquisa também mostra que as ofertas das vinícolas MTV são caracterizadas por uma notável variedade de experiências, com 65% das empresas focando em um número limitado de experiências (até quatro), enquanto os 35% restantes diversificam mais, oferecendo de cinco a dezoito atividades diferentes. desde as mais tradicionais até iniciativas mais exclusivas. 87% das vinícolas oferecem produtos típicos locais durante a degustação, 25% organizam jantares com o produtor e 20% cursos de culinária. Grande atenção também é dada às famílias, de fato, 38% da amostra organiza experiências de formação, entre as quais algumas dedicadas aos mais pequenos, também com áreas de lazer equipadas e organização de visitas a quintas educativas. A faixa de custos para experiências com vinho também é muito ampla, começando em 15 euros e chegando a picos de 150 euros, com uma média de 25 euros. Além disso, a pesquisa destaca como a recepção turística é mais eficaz nos fins de semana, com mais da metade das vinícolas agora abertas também aos domingos; 85% podem ser visitados durante todo o ano. Cerca de 68% aceitam visitas mesmo sem hora marcada. Por fim, a questão da digitalização: no que diz respeito aos canais de comunicação, o site é uma ferramenta indispensável, embora ainda não seja aproveitado em todo o seu potencial em termos de visibilidade e fidelização (42% das vinícolas registram menos de 1.000 visitas por mês e 15% não monitoram regularmente o número de acessos). A situação é semelhante para a lista de e-mail, onde 42% das vinícolas enviam comunicações mensais, enquanto 33% enviam pelo menos três vezes por ano. O estudo deixa claro que o elemento-chave da estratégia de promoção são as redes sociais: o Facebook continua sendo a rede social mais popular (97%) junto com o Instagram (96%). Um papel mais marginal é desempenhado pelo Linkedin (37%), provavelmente porque é percebido como um canal mais orientado para B2B, e pelo Tik Tok (apenas 7%, pelo menos por enquanto). Os dados mostram uma presença online significativa das vinícolas, porém, na maioria dos casos, isso não corresponde a um aumento concreto de visitantes.

Falando sobre o novo Centro de Estudos de Enoturismo e Azeite, o Presidente Dario Stefàno definiu-o como “uma aposta bem-sucedida porque premeia um investimento, partilhado com a Universidade LUMSA, clarividente e ambicioso, que se centra num setor, o enoturismo – e o turismo do azeite – sublinhou – que se tornou hoje num verdadeiro motor de desenvolvimento da oferta turística internacional. Quando falamos de enoturismo – continuou – estamos nos referindo a um setor em constante crescimento, com um aumento anual de 13% em escala global, conforme divulgado pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), e que encontra na Itália a possibilidade de sua máxima expressão em nível global. Este protagonismo, contudo, requer um suporte de análise qualificado, um ponto de pesquisa e investigação como o que o CESEO pretende e pretende ser, que trace diretrizes capazes de ser uma bússola para um crescimento sustentável e possivelmente homogêneo dos territórios e seus atores; um estímulo para as políticas governamentais e, ao mesmo tempo, um motor para a elaboração de programas de formação, capazes de repor números e competências mais necessários do que nunca para o setor"

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