De volta ao volatilidade nos mercados e o índice de medo aumenta, enquanto oincerteza política afecta a Europa e os EUA e os desafios comerciais com a China fazem tremer as empresas tecnológicas. O Nasdaq perde 2,3% em Wall Street.
Num panorama europeu contrastado e oprimido por vendas de títulos de empresas de chips, Piazza Affari é salvo ao fechar uma sessão incolor (+0,03%) após vários altos e baixos. Porém, fora da cesta principal vimos o fogos de artifício graças à Unieuro (+40,78%) com o valor da ação (11,60 euros por ação) a aproximar-se dos 12 euros da OPA não organizada lançado ontem à noite pela francesa Fnac Darty.
O mercado europeu mais penalizado pelas vendas é o Amsterdam, -1,81%, arrastado pela asml (-11,7%), que superou as estimativas para as vendas do terceiro trimestre, mas despencou na sequência dos relatórios da Bloomberg de que a administração Biden estava considerando medidas mais severas para limitar a manutenção e reparação de máquinas na China.
No resto do continente: Frankfurt -0,43% Paris -0,12% Madrid +0,14%. Destaca-se positivamente Londres +0,27%, no dia Rei Carlos III leu a agenda do novo primeiro-ministro Keir Starmer em Westminster, pelo Partido Trabalhista, de volta ao poder após 15 anos de ausência.
Nasdaq em mínimas de duas semanas
No exterior, os principais índices de Wall Street caminham em direções opostas: o Dow Jones ainda bate recorde, mas o Nasdaq cai, em mínimos de duas semanas, com ações relacionadas a chips e megatecnologias sob pressão devido à possibilidade de um endurecimento das restrições comerciais dos EUA a empresas que dão à China acesso a tecnologia avançada de semicondutores. Nvidia perde 5,16%.
Empresa de fabricação de semicondutores de Taiwan (TSMC) caiu 5,6%, depois de Donald Trump ter dito que Taiwan deveria pagar aos Estados Unidos pela defesa, dado que o arquipélago “não nos dá nada” em troca.
Já o DJ está confirmado em dinheiro, graças a títulos como J&J (+3%) após resultados trimestrais melhores que o esperado.
Dólar em queda; pular no iene
No mercado de câmbio, o dólar está caindo contra as principais moedas.
O euro progrediu 0,3%, para uma taxa de câmbio em torno de 1,093.
O que chama a atenção é oaumento do iene, que aumenta mais de um ponto percentual em relação ao dólar. A Reuters escreve que “os traders suspeitam que isto é provavelmente o resultado de outra intervenção das autoridades japonesas para tirar a moeda problemática dos mínimos de várias décadas”.
Depois das dificuldades dos últimos dias, na esteira dos resultados chineses, as compras no mercado voltam óleo com os futuros de Setembro do crude texano a subirem quase 2% para 81,27 dólares por barril e os do Brent a 75 dólares (+1,5%). A incerteza mantém o ouro perto de novos máximos históricos.
Piazza Affari, A2a, Recordati, Stellantis no pódio
Contribuíram sobretudo hoje para dar impulso à principal cotação da bolsa A2a + 3,2% Gravação + 1,27% Stellaris + 0,9%.
No sector petrolífero recuperaram algum terreno Eni +0,87% e Saipem + 0,69%.
Para os bancos, destacam-se os dois grandes: Intesa +0,69% e Unicredit + 0,59%.
A camisola preta do dia vai para Leonardo -2,31%, seguido por Iveco -1,96% e cucinelli -1,74%.
Spread pouco mexeu enquanto espera pelo BCE
Il secundário está a manter a pressão enquanto aguarda a reunião do BCE amanhã, que não deverá surpreender com notícias sobre o custo do dinheiro, mas poderá oferecer ideias sobre o caminho futuro.
Lo propagação entre os BTP a dez anos e os Bunds com a mesma duração, aumenta ligeiramente para 131 pontos base, com taxas de 3,71% e 2,4%, respectivamente.
No plano macro, a inflação no bloco não reservou surpresas desagradáveis, já que em Junho se confirmou em 2,5%, abaixo dos 2,6% de Maio.