La fusão entre Honda e Nissan, que deveria criar o terceiro maior grupo automotivo do mundo, parece estar à beira da falência. De acordo com o jornal japonês Asahi Shimbun, os dois fabricantes de automóveis eles não podem chegar a um acordo sobre os termos da integração. Nos próximos dias, os conselhos de administração de ambas as empresas se reunirão para decidir se seguem com o projeto ou interrompem definitivamente as negociações. As principais dificuldades dizem respeito à modelo de governança da nova entidade e da Posição da Nissan na fusão.
A proposta da Honda e a resistência da Nissan
Le diferenças entre a Honda e a Nissan tornaram-se cada vez mais evidentes nas últimas semanas. A Honda, segunda maior montadora do Japão em volume de produção, está frustrada com o lento progresso nas negociações, segundo informações propôs transformar a Nissan em sua subsidiária. Uma mudança que o A casa de Yokohama recusou firmemente, salientando que o acordo foi inicialmente concebido como um fusão entre iguais. “Não se trata de quem domina quem”, disse o presidente da Nissan, Makoto Uchida, durante a conferência de imprensa conjunta em dezembro passado.
Outro aspecto crucial diz respeito à complexa relação acionária entre a Renault e a Nissan. A Renault possui 35% da Nissan, enquanto a Nissan possui 15% da fabricante de automóveis francesa. Essas participações acionárias podem mudar com a fusão, um aspecto que a Honda não gosta. Segundo BloombergHonda preferiria um parceiro independente e ele teria pediu à Nissan que recomprasse as ações detidas pela Renault, uma operação que custaria aproximadamente 3,5 bilhões de euros.
Honda-Nissan: o plano original de fusão
O acordo anunciado em dezembro incluiu a criação de uma holding conjunta, sob o qual ambas as empresas teriam se fundido. O objetivo era combinar suas respectivas habilidades para competir melhor com os gigantes como Toyota, Tesla e fabricantes chineses de veículos elétricos, particularmente BYD. A decisão final sobre a fusão era esperada para o final de janeiro, mas foi adiada para meados de fevereiro.
Também Mitsubishi, da qual a Nissan é a principal acionista, foi considerado um possível parceiromas umteria decidido não participar da fusão, preferindo manter sua independência.
Dificuldades da Nissan
Um dos maiores obstáculos à fusão é a A difícil situação financeira da Nissan, que em 2023 anunciou um plano de reestruturação com a 9.000 cortes de empregos globalmente. Segundo Asahi Shimbun,Nissan não informou adequadamente a Honda no plano de corte de custos, causando mais tensões entre as duas empresas. “Sem a capacidade de ter controle, a Honda parece estar se afastando do acordo”, disse Christopher Richter, analista automotivo sênior da Clsa.
A situação da Nissan está piorando com a dificuldades no mercado chinês e incertezas sobre tarifas impostas pelos Estados Unidos às importações do México, um dos principais centros de produção da empresa. Se estes foram aplicadas tarifas de 25%, A Nissan seria penalizada por isso mais do que Honda e Toyota.
Mercados reagem: Honda sobe, Nissan cai
As incertezas sobre a fusão tiveram um impacto impacto sobre os valores mobiliários dos dois fabricantes de automóveis. Após a notícia do provável colapso das negociações na Bolsa de Valores de Tóquio, As ações da Honda fecharam com alta de 8,19%, um sinal de que os investidores estão a olhar com bons olhos para a saída do acordo, enquanto A Nissan sofreu uma queda de 4,87%.
O futuro da aliança
Apesar do aparente fracasso da fusão, a Honda e a Nissan tiveram já iniciou colaboração no setor de veículos elétricos, assinando um acordo estratégico em março passado. A possível ruptura da fusão não exclui, portanto, a cooperação futura em projetos específicos, especialmente na área de eletrificação e mobilidade sustentável.
Os dois fabricantes de automóveis disseram que fornecerá uma atualização oficial sobre a situação até meados de fevereiro. Até lá, ainda há incerteza sobre o destino de uma operação que poderia ter redefinido o cenário automotivo global.