Início de semana cauteloso para os mercados financeiros. Na área da Ásia-Pacífico, as bolsas de valores oscilam de baixo para cima com volumes modestos. Os fechamentos de férias de Hong Kong e Kuala Lumpur são sentidos. O índice CSI 300 de Xangai e Shenzhen caiu 0,5%, enquanto o futuro do índice S&P500 de Wall Street caiu 0,5%. As negociações sobre novos estímulos à economia americana estão avançando, mas ainda não chegamos a um acordo.
O eurodólar esta manhã caiu para 1,83 e o Btp de dez anos para 0,75%. O petróleo Brent caiu 1,5%, para 41 dólares o barril, de -2,7% na semana passada.
COVID, BOAS NOTÍCIAS PARA IDOSOS DA ASTRA ZENECA E GSK
Parece difícil, mas também vêm notas positivas dos mercados. Em primeiro lugar sobre a vacina. Esta manhã o Financial Times escreve que a vacina na qual a Universidade de Oxford e a Astrazeneca estão trabalhando em conjunto deu resultados muito positivos em pacientes com mais de XNUMX anos, o grupo com maior risco de complicações. Sinais positivos também de Gsk, como sublinhado ontem no "Che tempo che fa", da transmissão de Fabio Fazio.
IACOVONI (TESOURO): O MERCADO NOS OFERECE MELHORES CONDIÇÕES
Destaca-se também a entrevista com Financial Times por Davide Iacovoni, chefe da dívida pública italiana. A excelente resposta dos mercados ao lançamento da primeira emissão da UE de títulos anti-Covid-19 (233 mil milhões em oferta) foi "um sinal muito forte de coesão entre os países da UE, uma daquelas mensagens que a Itália sempre soube transmitir receber ”, conforme evidenciado pela opinião da S&P. "Agora está claro que o mercado está disposto a nos fornecer os recursos necessários para financiar a dívida em melhores condições", explica Iacovoni. A confirmação vem do “duration” da nossa dívida, estagnada em 6 anos e oito meses, apesar do forte aumento das emissões.
Hoje o ministro Roberto Gualtieri estará ocupado fortalecendo o quarto decreto anti-Covid para lidar com a emergência econômica e compensar os setores mais afetados pelo novo bloqueio seletivo: médias e pequenas empresas com faturamento superior a 5 milhões também entrarão na nova manobra , elevando o público para 300-350 mil empresas e a dotação da medida chegará a 5 bilhões.
Enquanto isso, a primeira estimativa preliminar do PIB italiano para o terceiro trimestre chegará na sexta-feira, após os -12,4% registrados no segundo trimestre do ano. Os dados de crescimento da Alemanha e de toda a zona do euro serão divulgados no mesmo dia. Mais uma vez esta manhã os dados do além Reno serão protagonistas com o índice IFO sobre o sentimento nacional e com os dados atualizados sobre o desemprego.
TÓQUIO: MAIS CINEMA, MAS TAMBÉM MAIS CRIANÇAS
Os sinais de otimismo da Ásia se multiplicam. Ontem os cinemas de Tóquio registraram, graças ao novo mangá que chega aos cinemas, a melhor coleção da história. O primeiro-ministro Yoshihide Suga propôs uma nova medida para aumentar a taxa de fertilidade: cortar os preços da fertilização in vitro.
TÍTULOS CHINESES SEDUZEM MERCADOS, CCP PLENUM EM ANDAMENTO
Abre hoje em Pequim o plenário do Partido Comunista, que durante quatro dias tratará dos planos de desenvolvimento do país até 2025, com foco no desenvolvimento tecnológico e no meio ambiente. Enquanto isso, também devido à valorização do yuan, as compras de títulos chineses estão aumentando: a Bloomberg calcula que no terceiro trimestre foi atingida uma cota recorde de 439 bilhões de yuans de papéis chineses detidos por investidores estrangeiros.
JACK MA LANÇA IPO de US$ 35 BILHÕES
E Jack Ma, o criador do Alibaba, apresentou ontem o IPO mais impressionante da história: 35 bilhões de dólares a serem captados entre Xangai e Hong Kong, com a venda de uma participação no Ant Group, gigante do qual depende o Alipay, plataforma para pagamentos eletrônicos, além de outras empresas líderes, como a Sesame, atuante no crédito ao consumidor. Ao todo, 460 milhões de clientes, a maioria sem conta em banco. Jack Ma, ao apresentar a operação, lançou um desafio cultural, não apenas financeiro, ao Ocidente: as regras prudenciais previstas nos acordos de Basileia "são boas para uma sociedade de idosos que pensam apenas em se proteger dos riscos e não para uma mundo jovem que quer crescer".
AS REUNIÕES DO BCE, 9 DIAS PARA A VOTAÇÃO DOS EUA
Esta é a situação no início de uma semana importante, tanto na Europa como sobretudo nos EUA. Na quinta-feira a direção do BCE vai abordar a questão da recessão, agora quase uma certeza face à segunda vaga da pandemia que afeta a deflação. Para novas medidas expansivas, porém, provavelmente teremos que aguardar a reunião de dezembro. O Brexit também está em destaque: pode ser uma boa semana para o acordo com Londres.
CONTAS APPLE E MICROSOFT EM BREVE
No entanto, as atenções dos mercados estão voltadas para a contagem regressiva para o Dia D, as eleições americanas de 3 de novembro. Mas Wall Street também estará de olho nas contas da Microsoft na terça-feira, seguida pela Apple, Facebook, Amazon e Alphabet. Jack Dorsey, do Twitter, Mark Zuckerberg, do Facebook, e Sundar Pichai, do Google, comparecerão ao Senado na quarta-feira para responder por possíveis violações da Lei de Decência nas Comunicações por censurar algumas declarações de Donald Trump.
A tendência do PIB no terceiro trimestre será divulgada durante a semana. O Índice de Confiança do Consumidor será divulgado na terça-feira.
Por falar em bancos centrais, fique atento também ao Banco do Japão: na quarta-feira a diretoria da instituição pode revisar para baixo as metas da economia. Os bancos centrais do Brasil e do Canadá também se reúnem.
TRIMESTRALMENTE: UM TESTE PARA A ITÁLIA CORPORATIVA
A campanha dos resultados da economia europeia, incluindo a italiana, ganha força. Para a energia cabe à ENI, em conjunto com a BP, Shell, Total e, nos EUA, Exxon Mobil. No carro, destaque para a Fiat Chrysler, que apresenta o 500 elétrico produzido em Mirafiori. Também estão agendadas as contas da Ford, Volkswagen e Audi.
DEUTSCHE BANK E EI PHARMA TAMBÉM SOB EXAME
No setor bancário, o destaque vai para o Mediobanca: a diretoria será renovada na quarta-feira. O mercado se pergunta quais serão as escolhas de Leonardo Del Vecchio. No resto do setor, seguiremos o Deutsche Bank, que anunciará as novas etapas da reestruturação, mas também o Banco de Santander, Crédit Suisse e Nomura. Por fim, de olho nos resultados da farmacêutica: a Novartis começa na terça-feira, seguida da Sanofi e da Moderna, uma das empresas em que mais atenção está voltada enquanto aguarda a vacina.