O cofre da família Moratti entra em dieta pelo quarto ano consecutivo, enquanto as negociações entre Massimo Moratti e o magnata indonésio Tohir para a venda de um pacote substancial do Inter estão cada vez mais acirradas. Segundo a Radiocor, a Angelo Moratti Sapa, controlada conjuntamente pelos irmãos Massimo e Gian Marco, encerrou as contas de 2012 substancialmente equilibradas (para ser exato, com um lucro transitado de 132 mil euros) e não distribuiu dividendos.
Sendo uma holding pura, tudo está ligado ao destino da principal participação da Sapa, a Saras, controlada a 50% após a recente venda de uma participação minoritária aos russos da Rosneft. A petroleira fechou os últimos anos com prejuízo por conta da crise do refino e por isso não tem repassado lucros, em forma de cupons, para o escalão mais alto da cadeia. Uma tendência que agora se consolida desde 2008, último exercício encerrado ao cofre com lucros substanciais (cerca de 100 milhões) e que corre o risco de se voltar a confirmar este ano, dado que a Saras fechou 2012 com um prejuízo operacional de 154 milhões sem se destacar cupons. De referir que, do ponto de vista financeiro, o Inter não tem qualquer ligação com Angelo Moratti Sapa, uma vez que o clube de futebol é controlado pela Internazionale Holding, empresa dirigida diretamente por Massimo Moratti.
