"As pessoas não poderão mais chegar da Europa com a chance de encontrar um emprego." Assim escreveu no Facebook a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, no dia em que Downing Street não entrega o tão esperado White Paper, ou seja, o documento de 120 páginas que contém o plano de relações a ser mantido com a União Europeia uma vez que o Brexit seja definitivo.
“Vamos sempre receber – acrescenta Mai – os profissionais qualificados que ajudam a nossa economia a prosperar, desde médicos a enfermeiros, engenheiros e empresários mas, pela primeira vez em décadas, teremos o controlo total das nossas fronteiras”. Simplificando, o já conhecido Livro Branco deverá constituir uma via privilegiada para os profissionais e empresários da União Europeia, via da qual também deverão usufruir os jovens e os estudantes.
O plano Brexit do governo britânico elaborado na semana passada “significa o fim da liberdade de movimento? Seremos capazes de assinar nossos próprios acordos comerciais? E o Reino Unido estará fora da jurisdição do Tribunal Europeu? Tenho o prazer de dizer que as respostas são muito simples: sim, sim e sim”, escreve o Premier, tranquilizando os falcões do Brexit, por um lado, e os cidadãos que votaram a favor da saída em 23 de junho de 2016, por outro.
May explica ainda que o governo britânico pretende manter o comércio fluindo estabelecendo um "conjunto comum de regras". No entanto, o projeto decretará o fim da livre circulação de pessoas e permitirá ao Reino Unido definir os seus próprios acordos comerciais, ao mesmo tempo que se desvincula da jurisdição do Tribunal de Justiça da União Europeia.
Nosso acordo Brexit para a Grã-Bretanha respeita a vontade do povo britânico. E, como primeiro-ministro, é o Brexit que estou determinado a entregar: https://t.co/BDJY56oyxm
- Theresa May (@theresa_may) Julho 12 2018
