As medidas que o Banco Central Europeu começa a desenvolver para fazer face ao problema do crédito malparado nas carteiras dos bancos poderão também ser posteriormente alargadas às instituições de crédito não diretamente supervisionadas por Frankfurt. É o que afirma o chefe de supervisão do BCE, Daniele Nouy, numa resposta escrita à interpelação de um deputado italiano do Parlamento Europeu.
“O BCE está neste momento a trabalhar num quadro coerente de instrumentos de supervisão – lê-se no texto – relativamente à gestão e alienação de 'non-performing lendings' a aplicar às principais instituições. O alargamento do âmbito do exercício a bancos de menor dimensão que se mantenham sob a alçada das respetivas autoridades nacionais de supervisão só será discutido no fórum competente numa fase posterior”.
O BCE é atualmente responsável pela supervisão direta dos 129 principais credores da área do euro, enquanto os menores ainda respondem às autoridades nacionais. Frankfurt está trabalhando no desenvolvimento de novas diretrizes que exigem que os bancos reduzam as carteiras inadimplentes, especialmente em países como Itália, Grécia e Portugal.
