Em 12 de setembro de 490 aC (há 2.511 anos) travou-se uma das batalhas mais importantes da história antiga, cuja fama ainda ecoa na linguagem comum. O confronto aconteceu na planície de maratona durante primeira guerra persa, que viu a pólis de Atenas opor-se com sucesso ao império asiático de Dario I.
O conflito surgiu porque Atenas, junto com a polis Eretria, decidiu ajudar as colônias helênicas da Jônia que se rebelaram contra os persas. O império organizou então uma expedição militar punitiva que no início foi devastador: as tropas de Dario subjugaram as ilhas Cíclades e chegaram à ilha de Evia por mar, para então destruir Erétria e seguir em direção à Ática, região de Atenas. Os persas desembarcam em uma planície costeira perto da cidade de Maratona.
Ouvindo sobre o desembarque, as forças atenienses correram em direção à planície para parar o avanço do exército persa. Apesar da clara inferioridade numérica, os atenienses conseguiram cercar o inimigo, que, tomado pelo pânico, fugiu desordenadamente em direção aos navios.
Nesse ponto, os persas tentaram chegar a Atenas por mar, mas o exército da polis, liderado por Milcíades, correu em direção à cidade e também conseguiu repelir o segundo ataque, desta vez na costa perto do Pireu.
Na cultura popular, a Batalha de Maratona é famosa por lenda de um certo Pheidippides, que, segundo Luciano de Samósata, teria corrido continuamente de Maratona a Atenas para anunciar a vitória e, ao chegar, teria morrido de esforço. A história nunca aconteceu - é uma mistura de várias histórias antigas - mas a sua narração continuou ao longo dos milénios, ao ponto de, em 1896, a corrida "maratona" ser introduzida no programa oficial da primeira edição dos jogos olímpicos modernos. Que, desnecessário dizer, aconteceu em Atenas.
