A reunião entre a Abi e os sindicatos foi realizada hoje em Roma para enfrentar o difícil confronto pela renovação do contrato. Conforme declarado pela ABI em nota, as posições das duas partes se mostraram "antitéticas e inconciliáveis", fato também confirmado pelos sindicatos, ao final da reunião malsucedida.
Massimo Masi, da Uilca, expressou a preocupação do sindicato com o modelo de banco proposto pela ABI e falou em "posições regressivas, concentradas apenas em custos e cortes pesados de pessoal". Foi anunciada a próxima apresentação de uma plataforma de pedidos de renovação de contrato.
Os bancos, representados pela associação à mesa com os sindicatos, reiteraram que a crise exige uma releitura dos modelos de negócios e dos contratos. "Neste cenário, não há margem para disponibilidade econômica, nem em nível nacional, nem no contexto de negociação de segunda instância", disse Abi em nota na qual propôs que o próximo contrato apresente características de "inovação, descontinuidade e sustentabilidade”.
O novo contrato diz respeito a mais de 300.000 mil trabalhadores do crédito, sector afectado pela grave crise económica que já lançou duros planos de reestruturação com corte de custos, encerramento de sucursais e redução de pessoal. O contrato foi rescindido unilateralmente pela ABI em setembro passado, antes do vencimento natural, que é junho próximo. Desde então, as partes tentaram reabrir o confronto, mas sem sucesso.
A próxima reunião, marcada para 14 de abril, será precedida de um novo momento público de discussão em Roma, entre os dias 10 e 14 de março, o XX congresso de Fabi. Além da alta direção dos principais bancos italianos, serão convocados os presidentes das associações bancárias Antonio Patuelli pela Abi Alessandro Azzi pela Federcasse, Francesco Micheli, responsável pelas relações sindicais da Abi.
