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Aconteceu hoje - 7 de setembro de 1987: nasceu o GSM, o padrão de telecomunicações mais difundido no mundo

Há 37 anos, o acordo de Copenhaga revolucionou o mundo das telecomunicações com a criação do GSM, a norma que introduziu a tecnologia digital nas comunicações móveis, permitindo a interoperabilidade internacional. Com uma quota de mercado de 70% até 2017, o GSM lançou as bases para tecnologias subsequentes, como GPRS, Edge, UMTS, LTE e 5G, influenciando profundamente o panorama global das telecomunicações.

Aconteceu hoje - 7 de setembro de 1987: nasceu o GSM, o padrão de telecomunicações mais difundido no mundo

Il 7 setembro 1987, em Copenhague, estava chegando ratificou um acordo histórico isso mudaria o mundo das telecomunicações para sempre. Treze países europeus unidos dar vida a um padrão único e inovador: o máfia (Sistema Global para Comunicações Móveis). Esta decisão, tomada numa altura em que as comunicações móveis ainda estavam na sua infância, representou o primeiro passo concreto para a revolução móvel actual.

GSM é um padrão aberto desenvolvido pela Cept, formalizado pelo ETSI e operacionalizado pelo consórcio 3GPP. Em 2017, era o sistema de telecomunicações móveis mais popular do mundo, utilizado por mais de 3 mil milhões de pessoas em 200 países.

Telecomunicações móveis na década de 80

Na década de 80, as telecomunicações móveis ainda eram um fenómeno limitado, caro e tecnologicamente fragmentado. Cada país europeu adotou sistemas diferentes, dificultando a interligação entre redes nacionais. Os primeiros celulares eram enormes, pouco práticos e, acima de tudo, incompatíveis entre diferentes redes.

O A Europa encontrou-se numa encruzilhada: manter padrões nacionais separados e desarticulados ou adotar uma visão unitária, que permitiria aos cidadãos europeus comunicarem através das fronteiras nacionais sem restrições. Foi precisamente neste contexto que onecessidade de criar um sistema uniforme de telecomunicações móveis.

A necessidade de um padrão comum

Antes de 1987, as comunicações móveis utilizavam tecnologias analógicas, incluindo o sistema NMT (Nordic Mobile Telephone) nos países nórdicos, o TACS (Total Access Communication System) no Reino Unido e o RTMI em França e na Alemanha. Estes sistemas funcionaram bem a nível nacional, mas sofriam de limitações óbvias em termos de interoperabilidade internacional. A crescente mobilidade das pessoas na Europa, juntamente com a expansão dos mercados comuns, exigiu uma solução mais eficiente.

O acordo de Copenhague

O Acordo de Copenhaga, de 7 de Setembro de 1987, foi o resposta à crescente necessidade de superar limites da tecnologia analógica nas telecomunicações. Com este acordo, treze países europeus uniram-se para definir um padrão digital que melhorasse a qualidade das chamadas e a capacidade de ligação, abrindo caminho para o nascimento do GSM.

I Países participantes foram França, Alemanha, Itália, Reino Unido, Espanha, Países Baixos, Bélgica, Luxemburgo, Dinamarca, Suécia, Noruega, Finlândia e Áustria. A escolha do GSM representou a determinação da Europa em permanecer na vanguarda da inovação tecnológica, afirmando-se como líder mundial no sector das telecomunicações.

O acordo de Copenhaga não foi apenas uma decisão técnica, mas também uma movimento estratégico. Na década de 80, as telecomunicações eram dominadas pelos Estados Unidos e pelo Japão, que desenvolviam os seus próprios padrões, como AMPS (Advanced Mobile Phone System) e PDC (Personal Digital Cellular). Para evitar ficar para trás num sector tão crucial, a Europa compreendeu a importância de adotar um padrão comum que poderiam competir globalmente.

Após a assinatura do acordo, eles iniciaram imediatamente omarfins para desenvolvimento de sistema. O primeiro protótipo de rede GSM foi testado com sucesso em 1991 na Finlândia, e já em 1992 estavam activos os primeiros serviços comerciais. Em pouco tempo, a adopção do GSM expandiu-se rapidamente por toda a Europa e, subsequentemente, por todo o mundo.

A criação do GSM representou, portanto, não só um passo em frente para as telecomunicações, mas também uma vitória política e industrial para a Europa, que se posicionou como uma área tecnologicamente avançada pronta para desafiar os gigantes internacionais.

As características do GSM

O Acordo de Copenhaga de 1987 não foi apenas um acordo político, mas marcou o início de uma revolução tecnológica. O GSM, de facto, introduziu pela primeira vez a tecnologia digital nas comunicações móveis, marcando a superação dos sistemas analógicos e depois estabeleceu um padrão internacional, melhorando a velocidade de transmissão, introduzindo novos serviços como SMS e garantindo maior segurança.

O sistema, conhecido como 2G, permitia não só chamadas de voz, mas também transmissão de dados, permitindo a roaming internacional e novos serviços a baixo custo para os usuários. Para as operadoras, oferecia infraestrutura a preços competitivos, ainda que a tecnologia de acesso TDMA (Time Division Multiple Access) fosse considerada menos avançada que a CDMA (Code Division Multiple Access).

O GSM continuou a evoluir com a introdução do GPRS (2.5G) e Edge (2.75G), melhorando ainda mais as velocidades de transmissão e facilitando o acesso à Internet. O sistema incluía componentes como Cartão SIM, que permitiu trocar facilmente de dispositivo sem perder o acesso à rede, e roaming internacional, tornando a comunicação global mais acessível e uniforme. Este foi precisamente um dos pilares em que se baseou o sucesso do GSM a nível global.

O sucesso do GSM e seu legado

A adopção do GSM levou a uma crescimento exponencial do número de utilizadores de telemóveis. O sistema provou ser flexível, escalável e capaz de suportar um número cada vez maior de usuários sem sacrificar a qualidade do serviço.

O Acordo de Copenhaga de 7 de Setembro de 1987 deixou um legado extraordinário. O GSM revolucionou a maneira como as pessoas se comunicam, possibilitando a difusão em massa dos telemóveis e a criação de um mundo cada vez mais interligado. Ainda hoje, mais de três décadas após o seu nascimento, o GSM continua a ser o sistema de telecomunicações móveis mais utilizado a nível mundial, com uma quota de mercado de 70%.

O sucesso do padrão GSM também lançou as bases para desenvolvimento de tecnologias mais avançadas, como UMTS (3G), LTE (4G) e, mais recentemente, 5G. Sem esse acordo de Copenhaga, o panorama das comunicações móveis seria provavelmente muito diferente daquele que conhecemos hoje.

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